Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Academia de Ciências da Califórnia, em parceria com a ONG Voz da Natureza e outras universidades brasileiras, realizaram um estudo de campo único no arquipélago de Fernando de Noronha, no nordeste do Brasil. Durante uma expedição, que durou 16 dias, foram encontradas quatro novas espécies de peixes, ainda não descritas pela ciência. Também foi registrada a ocorrência inédita de 19 espécies na região.

Foi a primeira vez que cientistas mergulharam além da quebra da plataforma continental, limite do continente onde há uma brusca mudança de declividade, atravessando zonas de transição de luminosidade, que chegam a 120 metros de profundidade.
O time de cientistas, composto por biólogos, oceanógrafos, técnicos de mergulho, entre outros, desenvolveu um trabalho minucioso de exploração da região. “Vimos que algumas espécies, como a garoupa marmoreada, estão utilizando os recifes de quebra da plataforma, entre 90 e 100 metros de profundidade, como áreas de reprodução”, relata o oceanógrafo João Batista Teixeira.
Ao adentrar áreas de maior profundidade na ilha, os cientistas constataram a presença de poluição, como plásticos e linhas de pesca, que colocam em risco a vida dos animais marinhos. “Por ser uma região mais profunda, entende-se que não é poluído, mas evidenciamos que mesmo estes ambientes já possuem impactos gerados pelos seres humanos”, destaca o cientista. Em breve, os pesquisadores pretendem voltar à região para coletar mais informações sobre outras espécies descobertas.
Fonte: @agencia_bori.
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